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Tivemos na última terça-feira um dia em que se comemora mais uma data alusiva aos professores de todo o país, em obediência ao calendário que sinaliza este dia especial aos mestres responsáveis pela educação das nossas crianças, jovens e adolescentes. Há de se ressaltar e reconhecer a importância plena desses profissionais do ensino na sociedade, porém, infelizmente, os dias não têm sido apropriado às festas para os mestres, já que a violência empregada contra professores aumenta a cada dia que se sucede, fazendo com que muitos desistam dessa profissão, passando a exercer outra atividade profissional. Entende-se à vista do quadro presente, a falta de respeito, até as consequências de agressão física dentro da sala de aula, estando não somente dentro desse contexto os pais dos estudantes, além da interferência no andamento das aulas, passaram a ser os protagonistas em certas situações em favor dos filhos. As pesquisas mostram esse clima de violência, tanto é que, Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), trazem triste constatação de que o Brasil lidera o ranking de agressões contra docentes. Dessa forma, as pesquisas apresentadas pelo sindicato dos professores de São Paulo, na qual mais da metade dos profissionais informou já ter sido vítima de violência. Entre as agressões, a verbal foi registrada em 44% dos casos; 9% dos mestres foram vítimas de discriminação; 8% sofreram outros tipos de violência; 6% foram furtados ou roubados e 5% receberam agressões físicas. Triste cenário esse de um país onde os mestres são desrespeitados e a lição que chega de nações bem mais sucedidas mostra a valorização da educação como meio para se atingir o desenvolvimento. Esses resultados somente podem ser alcançados quando os profissionais que atuam na área são valorizados e podem trabalhar com segurança e com uma estrutura que atenda às necessidades prementes. É surpreendente a diferença entre a condição atual dos professores e o fato de que ocorria há vários anos, quando ocuparam lugar de destaque junto às comunidades e à própria sociedade, portanto, eis que eram reverenciados por alunos e também por suas famílias que orientavam seus filhos sobre o devido respeito aos mestres do ensino de um modo geral. O tempo passou e a situação atual se apresenta de outra forma. Até mesmo o mundo político se interfere no trabalho dos professores e que deveria ser o de incentivá-los e valorizá-los em função dessa árdua tarefa de educar os alunos, uma missão das mais difíceis, porque os mestres estão sujeitos ao enfrentamento de algumas situações constrangedoras. É evidente que a sociedade espera desses mestres que transmitam às nossas crianças e adolescentes conhecimentos adequados ao incremento do próprio ensino, além do interesse pela ciência e a conscientização sobre a importância do saber. Há de se acrescentar a este comentário que, militâncias partidárias e religiosas, às vezes não vêm ao encontro do desejo dos professores, portanto, outro problema a ser enfrentado pelo corpo docente, mas há de se ter esperança para que os mestres se sintam à vontade no cumprimento da sua atividade profissional. Enfim, é importante destacar e valorizar o professor, aquele que se dedica de corpo e alma ao ensino dedicado aos alunos e que ajuda a própria família a formar cidadãos que, futuramente, poderão ser os novos dirigentes da política, inclusive exercerem o mais alto cargo da Nação, que é a presidência da República. Quem teve o privilégio de ser orientado pelos mestres, certamente poderão reconhecer o "quantum" foi importante receber as instruções de alto nível e que vieram a incrementar o conhecimento dos alunos, aqueles que se dedicaram a colher os ensinamentos do corpo docente. Que o dia 15 de outubro futuro seja uma data com mais regozijo em homenagem aos professores do Brasil inteiro.
Alessio Canonice é de Ibirá e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
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