Na quinta-feira, moeda norte-americana fechou a R$ 5,1401, menor valor desde 22 de julho
Notas de dólar (Foto: Reuters/Dado Ruvic)
O dólar passou a subir nesta sexta-feira (4), depois de fortes baixas nos últimos dias, mas a moeda norte-americana ainda seguia a caminho de fechar a semana em queda de mais de 3%, tendo como pano de fundo visível apetite global por risco diante da confiança na retomada econômica.
Às 10h31, a moeda norte-americana subia 0,15%, a R$ 5,1477. Na mínima até o momento chegou a R$ 5,1252 e, na máxima, bateu R$ 5,1742.
Na quinta-feira, o dólar encerrou em queda de 1,93%, a R$ 5,1401 – menor valor desde 22 de julho. Na parcial de dezembro, a moeda norte-americana passou a acumular um recuo de 3,86%. No ano, porém, o avanço ainda é de 28,19%.
Cenário local e externo
A moeda brasileira tem a melhor performance entre seus pares emergentes desde 3 de novembro, data da eleição norte-americana, com expectativa de que o presidente recém-eleito, Joe Biden, amplie gastos para turbinar a retomada - o que pode fortalecer um já em curso movimento de compra de ativos emergentes.
"Vemos uma janela de oportunidade para aumento de otimismo em relação aos ativos brasileiros nos próximos meses", disseram analistas do Barclays em nota.
O JPMorgan projeta que o dólar subirá gradativamente para R$ 5,30 ao fim do segundo trimestre de 2021 e para R$ 5,35 e R$ 5,40 nos trimestres posteriores, taxas mais altas que a prevista para o término de março (R$ 5,15).
Lá fora, sinais de progresso na aprovação de um novo estímulo fiscal nos Estados Unidos ajudavam a manter um maior otimismo dos mercados na retomada da economia global em um ambiente de farta liquidez.
Os preços do petróleo subiam acima de 1% após comprometimento entre os membros da OPEC+ para continuarem com alguns cortes de produção.
Por aqui, a inflação dos mais pobres acelera alta a 0,95% em novembro, segundo a Fudação Getúlio Vargas. Com o resultado, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) acumula alta de 4,85% no ano e 5,82% nos últimos 12 meses.
Em Brasília, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou a favor de uma tese jurídica que, na prática, viabiliza a reeleição dos atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O foco dos mercados nesta reta final do ano segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil e as incertezas sobre a aprovação de medidas e reformas estruturais para garantir a saúde das contas públicas.
*Com informações de G1