Posições não ergonômicas podem sobrecarregar estruturas ósseas, ligamentos e músculos, causando dores na coluna cervical e região lombar
(Foto: Reprodução)
Com o avanço da pandemia da COVID-19, o regime de trabalho home office passou a ser parte da rotina de muitas pessoas. Trabalhar em casa, no entanto, nem sempre significa conforto, já que muitas casas não possuem de uma adaptação ergonômica adequada, o que, segundo o coordenador da Ortopedia dos hospitais regionais de Registro e de São José dos Campos, Dr. Leandro Gregorut, pode causar danos à saúde.
É comum as pessoas trabalharem em casa utilizando a mesa de jantar, o sofá ou até mesmo a cama, com o notebook apoiado sobre as pernas, por exemplo. O especialista explica que são posições não ergonômicas que podem sobrecarregar as estruturas ósseas, ligamentos e músculos, causando dores, sobretudo na coluna cervical e na região lombar.
Problemas que, quando agravados, podem causar alterações na coluna, como escoliose, hérnias de disco e hipercifose. Por isso, devemos estar alertas aos sinais de que algo vai errado com a postura: ombros encurvados, dores frequentes na cabeça e no pescoço, dores lombares ao sentar e ao levantar e formigamento nos pés ou nas mãos.
Para reduzir riscos e aumentar a qualidade de vida durante o período de home office, a recomendação do médico é fazer alongamentos periódicos. ‘Se você gastar 15 minutos do seu dia para se alongar, esta atividade vai ajudar a trabalhar as fibras do corpo, evitando contraturas’, explica o ortopedista, que orienta também pequenos ajustes no ambiente de trabalho, com o objetivo de melhorar a postura:
1) Utilizar suporte para apoio do notebook ou elevar o monitor para que a cabeça não fique inclinada para baixo. O ideal é manter a tela na altura dos olhos para que a cabeça fique reta e a pessoa não precise forçar a musculatura do pescoço.
2) Caso não seja possível utilizar uma cadeira ergonômica em casa, deve-se adaptar um travesseiro de espuma consistente apoiado nas costas.
3) Fazer pausas frequentes para ativar a circulação, alongando as pernas e a coluna.
4) Utilizar um apoio para o antebraço, evitando que ele fique abaixo da altura ideal ou que a pessoa tenha que mantê-lo suspenso.
5) Investir em um suporte para os pés, sobretudo quando a altura da cadeira não é adequada, evitando forçar os joelhos e prejudicar a circulação sanguínea.
Além do alongamento diário, Dr. Leandro Gregorut recomenda a prática de exercícios físicos, fundamental para melhorar o condicionamento e promover o bem-estar. Em tempos de pandemia, pode ser uma caminhada de 30 a 45 minutos quatro vezes na semana.
A atividade física de média intensidade pode liberar até 18 tipos de hormônios no corpo, responsáveis pela felicidade, prazer e bem-estar. Além disso, os treinos contribuem para manter a saúde, evitar doenças e reduzir a pressão arterial.
*Com informações de Governo do Estado de São Paulo