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Geral
Da correria do mundo de negócios para a poltrona do Papai Noel
É a primeira vez que o aposentado Claudecir Adalberto Rosseto, também conhecido como Copeu, ‘veste o manto’ de Papai Noel
O pequeno Heitor Berlandi Duarte, de seis anos, foi um dos que se encantou com o senhor Copeu vestido de Papai Noel no supermercado (Foto: Arquivo Pessoal)
Antes da pandemia, a rotina do senhor Claudecir Adalberto Rosseto, também conhecido como Copeu, que, na época, trabalhava como representante comercial, era focada nos negócios, com viagens para fora do estado. Agora, seus dias, além de mais calmos, estão preenchidos pelos risos das crianças. Isso porque, neste ano, sua vida passou por uma guinada. Agora com 61 anos e aposentado, o senhor Rosseto se vestiu como Papai Noel pela primeira vez, para encantar os pequenos que passassem pela sua “casinha” na unidade do supermercado Porecatu que fica na avenida Brasil. Hoje, inclusive, é o último dia que ele estará por lá, até as 19h.
O jornal A Cidade conversou com Copeu para conhecer sua história. Ele contou como foi parar na poltrona do Bom Velhinho no supermercado e o que está achando da experiência inédita na sua vida.
Vestindo o manto
Até 2020, o senhor Rosseto estava na correria do cargo de representante comercial. Depois, se aposentou. Isso acalmou sua rotina, apesar da preocupação com o avanço da Covid em Votuporanga, onde mora há mais de quatro décadas. Eis que, em novembro deste ano, Copeu recebeu um convite do Porecatu para “vestir o manto” de Papai Noel. Ele aceitou e, desde 22 de novembro, tem sentado na poltrona do Bom Velhinho de domingo a domingo no supermercado.
“Eu estou muito feliz por poder trabalhar com crianças e ser algo inédito para mim. É muito gratificante estar em contato com as crianças e poder ver a alegria delas. Estou muito feliz por isso e até já pensando em aceitar novos convites, porque está sendo muito legal”, contou.
Fãs
O senhor Rosseto também estimou que cerca de 80 a 100 crianças passam pela sua “casinha” no supermercado para tirar fotos e pedir presentes diariamente. Além de conversar com elas, ele dá algumas balas de presente.
“Todas as crianças pedem presentes e têm a esperança de que o Papai Noel vai visitá-las e levar o presente. Eu falo que vou passar com o trenó e as renas e peço para eles colocarem capim para as renas e biscoitinhos para o Papai Noel. Elas falam que vão fazer isso e ficam com essa esperança de receber”, contou o senhor Rosseto.
Falando assim, parece uma cena fofa. E é mesmo. Mas é preciso tomar alguns cuidados na hora de lidar com as crianças neste tipo de situação, conforme explicou Claudecir.
“Eu sempre pergunto aos pais se posso colocar o presente no trenó antes de dizer para a criança que vou levar o presente, porque não posso prometer que vou levar, sendo que, às vezes, os pais não podem comprar ou não vão comprar aquele presente que a criança quer. É que hoje em dia as crianças pedem tablets e celulares, o que são coisas difíceis para alguns pais darem”, disse.
O aposentado também contou que não são apenas as crianças que pedem para tirar foto com ele – e isso está relacionado com a sua parte favorita deste trabalho.
“Além do contato com as crianças, o que eu mais gosto é reviver o sonho de criança das pessoas. Tem muitos adultos e até idosos pedem para sentar ao lado do Papai Noel para tirar foto, porque na infância não tiveram a oportunidade para isso. Muitos jovens e casais também pedem. Isso é muito gostoso”, disse.
Em casa
A informação sobre o novo, digamos, alter ego do senhor Rosseto já circula pelos grupos da sua família. E, claro, todos estão na expectativa de que ele seja o Papai Noel na confraternização deste ano, que vai acontecer num sítio da família, em Américo de Campos, onde Copeu nasceu e foi criado.
“Minha filha já quer que eu vá vestido de Papai Noel para entregar o presente para as crianças. E eu, com certeza, vou sim. Já tenho a roupa e os apetrechos, né? Eles que iam dar os presentes para as crianças, mas agora vão dar para mim, para eu entregar para elas na confraternização da família”, contou.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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