O delegado Márcio Nosse revelou que uma mancha de sangue foi encontrada na roupa de um suspeito de ter praticado o crime
O delegado Márcio Nosse falou com o A Cidade sobre as investigações do assassinato (Foto: Aline Ruiz/A Cidade)
Aline Ruiz
Um exame de DNA pode apontar quem foi o responsável pelo assassinato de Aldo de Oliveira Alves, de 30 anos, morto a facadas no dia 24 de março do ano passado. A informação é do delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga, Dr. Márcio Nosse, que contou ao A Cidade que uma mancha de sangue foi encontrada na roupa de um suspeito de ter praticado o crime. A polícia aguarda o exame, que foi enviado para São Paulo e ainda não existe uma data para a divulgação do resultado.
Há pouco menos de um mês para o crime completar um ano, o delegado Márcio Nosse afirmou que mais de 20 pessoas já foram ouvidas, porém, a investigação trabalha em cima de um “principal suspeito”. “Ele já foi preso temporariamente dias após o homicídio, aí venceram os 30 dias, mas não dei a investigação como concluída e pedi a prorrogação, porém, ela foi indeferida e o suspeito liberado. Mesmo assim, não consideramos ele inocente, o que precisamos agora é juntar provas para identificar o suspeito como sendo o autor do homicídio e essa mancha de sangue encontrada na roupa dele pode apontar isso”, disse.
A roupa com a mancha de sangue foi encontrada na casa do suspeito, durante as investigações. “Depois conversamos com a mãe do Aldo, explicamos a situação, e colhemos o sangue dela também. Se o resultado do sangue encontrado bater com o da mãe da vítima, encontramos o autor do crime, caso contrário, continuaremos a investigação”, explicou.
O delegado ressaltou que a polícia também investiga um segundo suspeito de participar do assassinato, que estaria de moto aguardando o agressor que desferiu golpes de faca na vítima. O problema de identificação dos autores, de acordo com o Dr. Márcio Nosse, é em relação às testemunhas. “Ouvimos várias testemunhas, mas isso ainda assim não é o suficiente. Muitas pessoas nos ligam e falam “foi tal pessoa que matou o Aldo”, e só isso, não entram em detalhes, desse jeito eu não posso prender ninguém, precisamos de provas concretas, muitas vezes também precisamos da autorização do Poder Judiciário para, por exemplo, entrar na casa de um segundo suspeito que temos, e, muitas vezes, essa autorização não é concedida, ou seja, não é tão simples assim solucionar um caso de homicídio”, salientou.
Defesa
O advogado do “principal” suspeito de ter praticado o crime, Douglas Teodoro Fontes, concordou com o A Cidade de que o resultado do exame pode ser decisivo. “Ele pode descartar de vez a suspeita sobre o meu cliente”, comentou.
Sobre a sua defesa, Douglas explicou que o trabalho está sendo feito no sentido de demonstrar que não foi ele o culpado. “Ele não tinha motivos para fazer aquilo, até porque nunca teve contato com a vítima”, completou.