Julgamento de dois acusados será no dia 25 de abril, no Fórum da Comarca de General Salgado, a partir das 10h30
Dr. Hedilon foi morto em junho de 2013, em um uma propriedade rural de General Salgado (Foto: Arquivo/A Cidade)
Aline Ruiz
O juiz Ricardo Palacin Pagliuso, da Fórum da Comarca de General Salgado, agendou para o dia 25 de abril, às 10h30, o primeiro julgamento sobre a morte do médico oftalmologista votuporanguense Hedilon Basílio Silveira Junior, de 50 anos. O crime foi registrado em junho de 2013, em um uma propriedade rural daquela cidade. Os primeiros dois acusados que serão julgados são Alessandro Pires Mateus e Júlio Cesar Queiroz Monteiro. Quatro testemunhas também prestarão depoimento.
De acordo com o despacho do juiz, outros dois réus também deverão ser julgados, mas a data ainda não foi divulgada. Aparecido Dias Barbosa e Erika Patrícia Cruz são acusados de serem os mentores do crime.
O despacho apontou ainda que no mês passado foi homologado ao processo um laudo apontando que o réu Júlio sofre de insanidade mental. A homologação foi realizada pela juíza que comandou o caso, Melissa Bethel Molina
Além do homicídio contra o médico, os réus também são acusados de cárcere privado e tentativas de homicídios de pessoas que estavam com Hedilon e no sítio dele quando a vítima foi alvo da emboscada. Os acusados podem pegar mais de 30 anos de prisão.
Relembre o casoO crime aconteceu em 2013. Segundo informações da Polícia Militar na época, o oftalmologista Hedilon Basílio Silveira Júnior, de 50 anos, de Votuporanga, foi atacado após chegar ao sítio por volta das 21h30, acompanhado de mais três pessoas, entre elas, o caseiro do sítio.
Ainda de acordo com a PM, a propriedade havia sido arrendada pelo médico. Os principais autores de comandar o crime são os donos da área, Érika e Aparecido. Hedilon teve a cabeça ferida com golpes de facão e foi atingido com um tiro no peito. Um dos suspeitos colocou o corpo dele na traseira de uma caminhonete e fez com que um dos acompanhantes dirigisse o automóvel. Durante uma parada na estrada, a vítima conseguiu fugir e acionou a polícia pelo número 190.
As outras pessoas que acompanhavam o médico foram levadas em um carro até uma ponte do rio Tietê, em Aracanguá, e foram arremessadas de uma altura de cerca de 15 metros. Elas conseguiram nadar até a margem do rio e foram socorridas. Júlio Cezar Queiroz Monteiro e Alessandro Pires Mateus teriam sido contratados para matar o médico e são acusados de tentar matar as testemunhas.