Aline Ruiz

A tenente Sarah da 3º Companhia da Polícia Militar de Votuporanga é encarregada de apoiar o comandante da companhia na liderança de cerca de 80 homens de Votuporanga e região. Há pouco mais de dois ano na função, Sarah falou com o A Cidade sobre as dificuldades de ser mulher em uma profissão em que a maioria são homens. Por outro lado, ela destaca o respeito e reconhecimento que as mulheres têm conquistado cada vez mais em todo o mundo.

Sarah é formada pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco, da turma de 2014. Ela é de Votuporanga e começou a trabalhar na cidade natal em janeiro de 2016, já ocupando o posto de tenente. “As dificuldades em ser PM são várias, desde ficar longe da família a ser submetida a cansaço físico e mental por inúmeras vezes, tanto na formação quanto na atividade em si. Além de defender a sociedade sendo exposta a ocorrências com risco à vida”, contou.

A tenente Sarah trabalha em uma profissão em que a maioria dos profissionais são homens, o que às vezes pode se tornar um problema para muitas mulheres por conta do machismo. Sobre o assunto, Sarah afirma que o machismo existe, porém é algo que vem diminuindo. “Se disser que não existe, estaria mentindo. Mas as mulheres estão sendo reconhecidas cada vez mais na instituição pelo fato de possuírem as mesmas capacidades que os homens e de realizarem um excelente trabalho, o que pode ser percebido pelo crescente número de mulheres que tem ingressado na instituição”, ressaltou.

Questionada se já enfrentou algum tipo de problema na profissão por ser mulher, a tenente revela que não. “Nunca enfrentei nenhum tipo de problema proveniente de machismo. O respeito vem sempre em primeiro lugar”, concluiu.

Em Votuporanga, como tenente, Sarah é responsável por planejar e distribuir o policiamento preventivo na cidade, com o objetivo de manter a ordem social e evitar o cometimento de crimes, além de estar presente em ocorrências, principalmente as de grande vulto, e fiscalizar e apoiar o efetivo sob seu comando.