A prisão temporária foi decretada pela Justiça Estadual de Jales/SP, com concordância do Ministério Público, após representação da Polícia Federal
(Foto: Divulgação/Polícia Federal de Jales)
A Polícia Federal, em conjunto com a
Polícia Militar, prendeu na tarde desta quarta-feira (30) um homem que estava
infiltrado no movimento de paralisação dos caminhoneiros em Jales/SP.
Aproximadamente 50 policiais, entre federais e militares participaram da
operação. A prisão temporária foi decretada pela Justiça Estadual de Jales/SP,
com concordância do Ministério Público, após representação da Polícia Federal.
Desde o início das manifestações,
federais e militares orientaram os caminhoneiros mobilizados para que não fosse
realizado nenhum tipo de coação, ameaça ou constrangimento a motoristas que não
queriam participar do movimento de paralisação. Ocorre que nos últimos dias, a
PF recebeu várias denúncias de caminhoneiros que estavam sendo ameaçados por pessoas,
estranhas à atividade de caminhoneiro, mas simpatizantes da causa, que estavam
perseguindo e ameaçando aqueles que não paravam nos pontos de mobilização,
inclusive com o uso de arma de fogo.
Após diligências veladas, com
policiais federais disfarçados, a PF identificou um dos líderes que estava
atuando nas ameaças aos caminhoneiros, juntamente com outros indivíduos, que
não eram caminhoneiros, mas permaneciam nos acampamentos da mobilização em
Jales/SP.
E. F. M., vulgo “POLACO”, 32 anos,
morador de Jales, beneficiário de auxílio doença do INSS, com diversas
passagens criminais, entre elas: porte ilegal de arma de fogo, tentativa de
homicídio e contrabando e descaminho, estava coordenando estas atividades
criminosas de coação em um dos pontos de mobilização em Jales/SP. As
investigações também indicaram que o preso e outros envolvidos estavam
recebendo apoio financeiro de empresários da região. Esta informação, bem como
a identificação de outros envolvidos será apurada pela PF no inquérito policial
instaurado.
Em uma das caminhonetes de luxo de
E.F.M. a polícia encontrou uma munição de arma de fogo não deflagrada. Também
foi realizada uma busca e apreensão na residência do preso. Todos os documentos
e aparelhos celulares apreendidos serão periciados com o objetivo de
identificar outros envolvidos nas ações ocorridas na região de Jales/SP durante
a manifestação dos caminhoneiros. O benefício recebido do INSS pelo preso
também será investigado, pois em tese ele está incapaz de trabalhar, mas as
investigações demonstraram que ele possivelmente esteja em plena atividade
física, gerando dúvidas quanto à legalidade no recebimento do benefício.
O preso será
ouvido pelo Chefe da Delegacia de Polícia Federal em Jales/SP e posteriormente
será conduzido à Cadeia Pública de Santa Fé do Sul/SP, onde permanecerá à
disposição da Justiça Estadual.