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Polícia
O refém: “pensava o tempo todo em minha família”
Há pelo menos 13 anos o empresário Adriano Boni Filassi viaja quase que semanalmente para fazer compras para sua loja em Votuporanga
Há pelo menos 13 anos o empresário Adriano Boni Filassi viaja quase que semanalmente para fazer compras para sua loja em Votuporanga. Anteontem, por volta das 20h, quando deixou sua residência para pegar o ônibus, ao lado de sua esposa, com a mesma finalidade, ele jamais imaginou que passaria por momentos de terror.
Como tem problemas na coluna, ele estava literalmente no lugar errado (no primeiro banco do ônibus) e na hora errada e então foi tomado como refém, ficando minutos intermináveis com uma arma apontada para sua cabeça.
“Eu estava meio acordado e com a cortina da janela aberta, quando escutei o primeiro estampido e o ônibus na mesma hora já deu uma freada, foi quando olhei pela janela e vi um carro pareado com uma arma para fora, parecia uma escopeta, e ele deu outro disparo até que o ônibus parou. Logo depois eles já entraram me pegaram de refém e disseram para todo mundo colaborar para ninguém sair machucado”, contou.
Adriano contou que costuma ser um pouco nervoso, mas conseguiu manter a calma no momento para evitar que o assaltante, que estava com arma apontada para ele, ficasse irritado e o desfecho fosse trágico.
“Eu costumo ser um pouco estourado com as coisas, mas eu consegui ficar muito tranquilo, pois o meu medo era que ele (criminoso) ficasse nervoso. Fiquei o tempo inteiro colaborando, ficar tranquilo que estava todo mundo colaborando, que não precisava machucar ninguém. Mesmo assim o medo era constante dele querer intimidar o pessoal para liberar dinheiro escondido e me dar um tiro ali. Passa muita coisa na cabeça na hora”, completou.
Adriano é casado e sua esposa estava ao seu lado. Em casa eles tinham deixado dois filhos, um de oito e outro de apenas três anos e era eles que estavam em sua mente durante toda a ação.
“Só passava eles na minha cabeça. Eu estava com a arma apontada para mim e conversando com a minha mulher para tentar acalmar ela e pensando em sair logo daquilo para cuidar da minha família”, disse.
Os 5 “Jão” Ainda conforme Adriano, os criminosos eram experientes e sabiam exatamente o que faziam. Ao mesmo tempo em que eram agressivos eles não demonstravam nervosismo e tomaram cuidados para preservar o anonimato.
“Não foi a primeira vez que fizeram isso não, eram profissionais. Os caras estavam tranquilos, quando já estavam todos sentados lá no chão eles estavam até dando risada lá encima, tirando sarro um do outro. Eles se nomearam de ‘Jão’, todos eles eram ‘Jão’, em momento algum eles falaram outro nome”, complementou.
Sonho adiado Essa viagem, segundo o empresário, seria para comprar os produtos para a inauguração de sua segunda loja, no Pacaembu. “Agora perdemos o capital da loja. Falando em perdas materiais, é muito representativo, pois não é apenas o valor em si, e sim o investimento, o lucro, o pagamento de contas, que já está difícil com esse abre e fecha da pandemia, além do trauma né, pois àquelas imagens não saem da cabeça”, contou.
Mesmo com o trauma, Adriano afirma que não pensa em parar de viajar. “Se Deus quiser já na próxima semana eu devo estar viajando. Não dá para parar, é daí que vem o pão, tanto eu quanto minha mulher, então com ou sem medo temos que continuar encarando as viagens”, concluiu.
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