Empresário era suspeito de aplicar golpes; homem pediu para o coveiro 'apertar' a bochecha do cadáver e ver se não era um boneco
Polícia trabalha com a possibilidade do casal ter sido vítima do empresário e ido ao cemitério para ver se o homem não tinha forjado a própria morte (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Um casal fingiu ser oficial de Justiça para fazer um coveiro desenterrar o corpo de um empresário com o objetivo de confirmar a identidade da vítima e descobrir se o corpo não era um boneco. O caso foi registrado em Palmares Paulista (SP). A Polícia Civil instaurou inquérito de crime por vilipêndio e procura pelo homem e pela mulher.
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado no último final de semana, o casal compareceu ao imóvel do coveiro em dois carros diferentes. Em seguida, disse que o trabalhador precisaria desenterrar o corpo do empresário, que foi achado morto na semana passada, em Balneário Camboriú (SC).
Acreditando que o casal era realmente do Poder Judiciário, o coveiro saiu de casa e foi ao Cemitério Municipal Euclides Rocha de Palmares Paulista, onde exumou o corpo do empresário e abriu o caixão.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o homem pediu para o coveiro apertar a bochecha do cadáver e ver se não era um boneco, enquanto a mulher chutou vasos com raiva e proferiu palavrões. Logo depois, o empresário foi enterrado novamente, e o casal foi embora.
Investigação
Em entrevista ao G1, Pedro Luís de Fenzi Carvalho, delegado responsável por investigar o caso, afirmou que o empresário era apontado como suspeito de aplicar golpes financeiros.
“Existem documentos que dizem que o empresário pegava dinheiro das pessoas com a promessa de pagar a quantia somada a juros exorbitantes. Mas não fazia o pagamento e sumia. Ele estava sendo investigado pelo 1º Distrito Policial”, disse.
O caso continua em investigação, mas a polícia trabalha com a possibilidade de o casal ter sido vítima do empresário e ido ao cemitério para ver se o homem não tinha forjado a própria morte, com o objetivo de se livrar das dívidas.
“O coveiro não fez por mal. Ele é uma pessoa simples. Agora vamos escutar as pessoas envolvidas no caso e tentar encontrar o casal que foi ao cemitério”, explicou o delegado.
*Com informações do G1