Fogo teria começado na fábrica de espumas, que fica no fundo do barracão da fábrica; chamas ultrapassaram o teto e duraram mais de 20 horas
Incêndio destruiu completamente a empresa de recorte de MDF no 5º Distrito Industrial de Votuporanga (Foto: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Em meio a muita fumaça e barulho, equipes do Corpo de Bombeiros de Votuporanga trabalharam noite e dia, desde a noite de quinta-feira (11), para controlarem o incêndio que destruiu uma empresa no 5º Distrito Industrial.
O jornal
A Cidade apurou no local que se tratava da empresa S. De Pierre, que faz recorte de MDF. Ainda não se sabe o que causou o incêndio, mas a suspeita é de que o fogo começou na parte do fundo do barracão da empresa, onde fica uma fábrica de espuma. Apesar dos estragos, ninguém ficou ferido.
"Tinha chamas que davam cinco vezes a altura desse barracão. Só sobrou o portão da frente. Queimou tudo", disse o proprietário, Ricardo de Pierre, ao jornal
A Cidade.
A reportagem também conversou com Sebastião de Pierre, pai de Ricardo, que fundou a empresa. "Faz 12 anos que a empresa funciona aqui. Não sobrou nada, 22 carretas de mercadoria perdida", relatou.
De acordo com um amigo da família que acompanhava os trabalhos dos bombeiros, a empresa não tinha seguro. Ele explicou que a seguradora exigia que as fábricas de espuma e MDF funcionassem em barracões separados.
Ocorrência
O incêndio começou por volta das 19h30 de quinta. O jornal apurou que Ricardo estava saindo da empresa quando viu o fogo na imagem transmitida por uma das câmeras de segurança.
A ocorrência mobilizou três caminhões do Corpo de Bombeiros e caminhões-pipa da Prefeitura e da Saev (Superintendência de Água, Esgotos e Meio Ambiente de Votuporanga), além de usinas e empresas da região.
O secretário da Cidade, Marcelo Coienca, também esteve no local, em nome da Defesa Civil. "Tinha uma [caminhonete] F350 lá dentro, uma moto de R$43 mil e uma empilhadeira. Destruiu tudo. O botijão de gás da empilhadeira explodiu uma telha. O telhado só não caiu por conta do MDF segurando", contou o secretário.
Uma unidade do Resgate também ficou de prontidão no local, junto à viaturas da Polícia Militar e da Fiscalização de Trânsito, que interditou a região para facilitar o trabalho dos bombeiros. A Perícia também foi até o local.
Até a tarde de sexta, os trabalhos do Corpo de Bombeiros no controle das chamas se estendiam há pelo menos 20 horas. Enquanto isso, tratores da Prefeitura retiravam os escombros do barracão.
Pela avaliação de Coienca, a estrutura do barracão da empresa ficou completamente comprometida com o incêndio. "Vai ter que por tudo para o chão, porque acaba afetando as paredes e a estrutura toda. É reconstruir do zero", disse o secretário.