O condenado foi pego em flagrante com sete tijolos de maconha e era um dos responsáveis do repasse da droga no bairro Matarazzo
Justiça condenou o traficante ‘atacadista’ preso em flagrante com mais de sete quilos de maconha (Foto: Divulgação/Dise)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
Um traficante que atuava como ‘atacadista’ em Votuporanga, foi condenado pela Justiça a sete anos de prisão, após ser pego em uma operação da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes), em outubro do ano passado. Com ele, foram encontrados oito tabletes e meio de maconha, mais nove porções prontas, uma balança e dinheiro.
De acordo com os autos do processo, a Polícia Civil tomou conhecimento de que Rodrigo de Rezende Ferreira guardava a droga para um traficante de maior porte. Os agentes também apuraram que o indiciado repassava a mercadoria no ‘varejo’ para ‘negociantes’ que trabalham nas ruas, em específico no bairro Matarazzo.
A quantidade apreendida era suficiente para produzir 2.509 porções pequenas para venda, proporcionando arrecadar em torno de R$25 mil.
“O traficante de maior porte que confiara a droga ao acusado, acrescendo que é usual que o submundo empregue pessoas primárias, de baixo estrato social e econômico, com perfil que não levante suspeitas, incumbindo-as do armazenamento, mediante atrativos "salários". Tal estratégia pulveriza os pontos de estocagem, minimizando as perdas em caso de apreensão”, explicaram os policiais em trecho do processo.
A defesa do acusado, em contrapartida, alegou os atributos de trabalhador de Rodrigo e as testemunhas elencadas por ela alegaram que não sabiam da droga. A namorada e a irmã do indiciado, disseram ainda que a balança, que também foi apreendida na operação, era utilizada por elas durante o período de dieta, mas a Justiça não acatou, pois nenhuma delas morava com o réu.
Ao fim da audiência, o juiz discorre que Rodrigo confessou que receberia R$ 500 para guardar a droga, o qual não quis revelar o nome do "proprietário", com medo de represálias a ele e sua família. Alega que esperava ser chamado para novo emprego, quando surgiu a oferta de ganho fácil e o dinheiro seria gasto no reparo de seu automóvel.
Com isso, o juiz entendeu que apesar dos bons antecedentes, a quantidade apreendida foi muito alta e julgou procedente a denúncia e o condenou a sete anos de prisão em regime fechado.