A queda, em comparação com o ano anterior, é de 9,1% para os chamados crimes contra o patrimônio, aponta Secretaria de Segurança
Crimes contra o patrimônio diminuíram, mas os contra a vida aumentaram, como no assassinato de duas pessoas em fevereiro (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Apesar da preocupação com o aumento de saques, furtos e roubos diante da crise provocada pelas medidas de restrição impostas para conter a Covid-19, as estatísticas da SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública) apontam para o caminho inverso. Os registros de ocorrências dos chamados crimes contra o patrimônio nos dois primeiros meses deste ano sofreram uma queda de 9,1% em comparação com o mesmo período ano passado.
De acordo com os números oficiais, enquanto 166 pessoas foram furtadas em 2020 nos meses de janeiro e fevereiro, neste ano foram registradas as ocorrências de 148 crimes do tipo. Já em relação aos roubos (com o uso de armas e/ou violência), no ano passado foram 20 registros, contra 11 neste ano.
A queda, segundo a tenente e comandante interina da 9ª Companhia da Polícia Militar de Votuporanga, Louise Rodrigues Santana (capitão Navarrete ainda se recupera de complicações da Covid), se deve ao empenho dos policiais e a diminuição da circulação de pessoas nas ruas.
“Na verdade, o nosso efetivo está cada vez menor, mas o que pode ter provocado essa queda é principalmente o empenho dos policiais, mas também o fato de ter menos circulação de pessoas nas ruas. A pandemia acabou refletindo na diminuição dos delitos”, disse a militar.
Crimes contra a vida
Em contrapartida, os crimes contra a vida aumentaram. Em 2020 não foi registrado nenhum homicídio, já neste ano duas pessoas foram mortas no mês de fevereiro em Votuporanga. Tratam-se de Fernanda Mara dos Reis Peres, de 42 anos, e seu namorado, Roberto Valdemar da Silva, de 42 anos. Ambos foram mortos no mesmo dia e, segundo a polícia, por conta de dívidas de drogas.
Houve também o registro de uma tentativa de homicídio e 60 (30 em cada mês) lesões corporais dolosas (intencionais). No mesmo período, também foram registradas 96 ocorrências de lesões corporais por acidentes de trânsito.
Também nos dois primeiros meses do ano, como antecipado pelo
A Cidade, houve um aumento de 40%, em comparação com o ano anterior, em casos de estupro, a maioria, aliás, praticado contra crianças e pessoas vulneráveis.