A PF identificou indícios de contrabando de ouro após a prisão em flagrante de uma pessoa que transportava 35 kg do material
A PF identificou indícios de contrabando (Foto: Divulgação)
Franclin Duarte
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A Polícia Federal cumpriu ontem um mandado de busca e apreensão na região no âmbito de uma operação nacional contra a mineração ilegal de ouro. O alvo na região era da cidade de Ilha Solteira, mas foram cumpridos também dois mandados de prisão preventiva, 16 de busca e outras medidas cautelares em Manaus (AM), Anápolis (GO), Uberlândia (MG), Areia Branca (RN), Ourilândia do Norte, Tucumã e Santa Maria das Barreiras (PA).
Em ilha solteira uma comerciante foi detida. A mulher foi conduzida para prestar depoimento na sede da PF de Jales após ser apreendida com ela uma grande quantidade de ouro, sem comprovação de origem.
Conforme o apurado, a Polícia Federal identificou indícios de contrabando de ouro para Europa após a prisão em flagrante de uma pessoa que transportava 35 kg do material, e pretendia entregar a dois norte-americanos, sócios de uma empresa em Nova Iorque.
Ainda conforme a PF, a investigação revelou que a organização criminosa adquire ouro de terras indígenas e leitos de rios com uso de dragas e, por meio de fraude, declara que o material foi extraído em permissões de lavra garimpeira regularmente constituídas. Também foi identificado que o alvo principal faz o esquentamento do ouro por meio de um austríaco que se naturalizou brasileiro e afirma ter mais de mais R$ 20 bilhões em barras de ouro em um suposto país independente criado pelo próprio investigado.
Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da União, organização criminosa, lavagem de dinheiro, extração ilegal do ouro, contrabando, falsidade ideológica, receptação qualificada e outros tipos penais. Também foi autorizada ordem de sequestro de bens de mais de R$ 5,7 bilhões durante a Operação Emboabas.