Batizada de “Operação Paiol”, a ação, que não tem data para terminar, tem como objetivo combater o comércio e a posse ilegal de armas
Onze pessoas foram presas e um arsenal, com 41 armas de diversos calibres, foi apreendido na manhã de ontem pela Polícia Federal e pela Polícia Ambiental de Jales. O armamento inclui três submetralhadoras calibre 9mm, pistolas 9mm, espingardas calibre 12 -, além de cerca de 7 mil munições, um silenciador, uma mira telescópica. Também foram recolhidas cinco peles de animais (lobo-guará, onça pintada, sucuri, cascavel e veado).
Batizada de “Operação Paiol”, a ação, que não tem data para terminar, tem como objetivo combater o comércio e a posse ilegal de armas e de munições na região. Das 11 prisões em flagrante, sete foram por posse de armas de uso permitido e os autuados foram liberados após pagamento de fiança arbitrada entre R$ 300 e R$ 1,5 mil. Já as outras quatro pessoas permanecem presas na sede da Polícia Federal de Jales, à disposição da Justiça. Dois dos presos, que estavam de posse de armas de uso restrito, são advogados e fazendeiros da região. De acordo com os federais, os dois eram os donos da maior parte do arsenal apreendido. Outro advogado, também detido, está entre os que foram libertados após pagarem fiança. Nenhum dos envolvidos teve o nome divulgado.
Há três meses a polícia iniciou as investigações para confirmar e identificar os possíveis responsáveis pelo comércio ilegal de armas e munições utilizadas principalmente em atividades de caça. Nessa primeira etapa, a ação contou com cerca de 100 policias para cumprir 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Estadual, comarca de Estrela D’Oeste, em diversos endereços de Jales e de Populina.
“Trata-se de uma região onde há muitas pessoas envolvidas no comércio ilegal de armas. Através de denúncias e do trabalho de inteligência da PF chegamos a indícios de que parte dessas armas de fogo e munições comercializadas ilegalmente também abastecem a criminalidade”, afirmou o delegado da PF em Jales Cristiano de Pádua da Silva. (Diarioweb)