Os dois foram conduzidos nesta manhã para São Carlos, onde tramita o inquérito sobre o caso
O Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, prendeu nesta segunda-feira, em Buritama, um casal que era procurado em todo o país por abusar de uma menina de nove anos, filha da mulher, em rituais de iniciação sexual.
D.S.T., 32 anos, e sua mulher, C.A.S.R., 37, tinham mandado de prisão temporária por estupro de vulnerável expedido em 1° de janeiro pela Justiça de São Carlos (SP). Eles foram presos quando se escondiam na casa do pai dele, no bairro do Livramento, em Buritama. O casal não reagiu à prisão.
Segundo o delegado titular de Buritama, Paulo de Tarso de Almeida Prado, investigadores tentavam desde janeiro localizar o casal em Buritama e passaram a monitorar a casa do pai de David. “A gente sabia que ele (casal) estava na cidade, mas não sabia onde estavam. Só na semana passada constatamos que David reconheceu a firma de um documento de venda de uma motocicleta e tudo ficou mais fácil. Descobrimos que ele passaria o fim de semana na casa do pai dele e hoje de manhã cumprimos o mandado de prisão depois de termos certeza de que eles estavam lá”, disse o delegado.
A menina está com parentes e sob proteção do Juizado de Menores e assistência do Conselho Tutelar de São Carlos. A criança ficou internada por uma semana após ser estuprada no dia 31 de dezembro de 2013. O casal foi detido em 1° de janeiro depois que uma tia da menina os denunciou à polícia. A menina tinha contado para uma amiguinha que vinha sendo violentada em sua casa pela mãe e pelo padrasto. O casal não pôde ser preso por não haver flagrante delito. Exames médico feito por médicos peritos constatou o estupro e a Justiça decretou a prisão temporária do casal, que fugiu.
Na ocasião, a mãe confessou que abusava da filha porque queria que a menina tivesse a iniciação sexual por meio de estupro, assim como teria ocorrido com ela quando ainda era criança. Por isso, promovia os rituais com a menina. O pai alegou que não abusou da menor, mas a polícia não acredita nessa versão. Os dois foram conduzidos nesta manhã para São Carlos, onde tramita o inquérito sobre o caso.