O secretário municipal de Saúde da cidade, Bruno Eder da Silva, no programa Jornal da Cidade, para esclarecer a situação do municipio
Isabela Jardinetti
A região vive um momento preocupante com o crescimento constante dos casos de dengue nos municípios. Cardoso decretou a epidemia da doença nesta semana, com 108 pessoas confirmadas até ontem.
O secretário municipal de Saúde da cidade, Bruno Eder da Silva, esteve na Rádio Cidade FM, no programa Jornal da Cidade, para esclarecer algumas dúvidas sobre a situação do município. “Na quinta-feira houve uma reunião em
Votuporanga, onde foram convidados todos os prefeitos dos 102 municípios da Diretoria Regional de Saúde. Estamos muito preocupados porque a dengue está explodindo de uma maneira geral. Ela não está somente na região de Cardoso, de
Votuporanga, mas também em Rio Preto, Catanduva, Araçatuba, todos os locais estão com alto índice de dengue”, disse.
Ele comentou sobre o mosquito Aedes Aegypti que está mais resistente. “Antigamente ele se reproduzia em água limpa, hoje não importa, ele se reproduz da mesma maneira em água suja. A virulência da doença também aumentou, pode ser por uma mutação do vírus. E o quadro clínico dos pacientes sofreu uma alteração e não está seguindo os padrões costumeiros de dengue”.
Bruno disse que há uma diversidade de fatores que dificulta tanto o tratamento quanto o combate do mosquito da dengue. “Foram 108 casos confirmados em Cardoso, e assim a epidemia foi decretada. Agora os casos que chegam até nós não realizamos mais o teste sorológico, basta ser diagnosticado por um médico que já contamos como dengue”.
Ações
O secretário ainda disse que uma equipe estava percorrendo os ranchos que ficam próximos à Prainha de Cardoso para fazer orientações sobre os cuidados que devem ser tomados para não deixar possíveis criadouros do mosquito da dengue. “A população deve ter a consciência de não deixar nada que possa se tornar um reservatório de água”.
Bruno ainda comentou que há um esquema especial no Pronto Socorro da Santa Casa da cidade para atender as pessoas que tiverem com os sintomas. “Já por ser Carnaval, a nossa demanda no hospital aumenta em torno de 30% a 50%, então estamos com uma equipe especial para poder atender a todos que precisarem”.