A primeira representação feita pelo sindicato junto ao Ministério Público Federal do Trabalho tem como base o fato dos servidores não terem os seus vencimentos reajustados há mais de três anos
Presidente do sindicato de Álvares Florence, Sara Falchi
Da redação
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Álvares Florence ingressou com duas ações judiciais em busca da recuperação salarial da categoria. O Mistério Público Federal do Trabalho agendou para o dia 8 de junho, às 16h30, em São José do Rio Preto, uma audiência de conciliação com a Administração Municipal.
A primeira representação feita pelo sindicato junto ao Ministério Público Federal do Trabalho tem como base o fato dos servidores não terem os seus vencimentos reajustados há mais de três anos.
“Ao apreciar a representação do representante do Mistério Público Federal do Trabalho da 15ª Região – Rio Preto, Tadeu Henrique Lopes da Cunha concordou com a tese de que a ausência de reajuste pode acarretar ‘lesões a interesses e direitos transindividuais’ dos servidores, justificando assim a intervenção do MPTF”, disse a presidente do sindicato de Álvares, Sara Falchi.
Vale Alimentação
A segunda ação protocolada é uma reclamação trabalhista coletiva com o objetivo de cobrar da Fazenda Pública de Álvares Florence os valores em atraso do Vale Alimentação, que não são pagos desde outubro de 2012. A ação foi protocolada junto à Justiça Federal do Trabalho de Votuporanga.
Segundo Sara Falchi, a entidade até reconhece as dificuldades financeiras do município, bem como do estado e do país, mas considera inadmissível que o servidor público seja o mais prejudicado com a situação.
“As ações são situações extremas, uma vez que desde o início do ano estamos propondo, sem qualquer tipo de resposta, acordos com a administração e consideramos que buscar a Promotoria e a Justiça do Trabalho criam posições menos danosas, tanto para o servidor, quanto para a comunidade em geral”, destacou Sara.
A presidente do Sindicato explicou que, se a ação de cobrança do Vale Alimentação fosse ingressada por advogados particulares, os servidores teriam de arcar com honorários de até 40% do valor recebido, enquanto que assistido pela entidade sindical não há ônus. O jornal A Cidade procurou o prefeito de Álvares Florence, mas ele não foi encontrado para comentar o assunto. Sua assessoria disse que ele estava viajando.