Nilson é um dos responsáveis pela fazenda em Nova Granada. Com 60 mil árvores em produção, ele contratou sete trabalhadores só em setembro. Depois que é feito o corte, o látex escorre da seringueira e forma a borracha. Em seguida, ela é beneficiada e vendida principalmente para as indústrias de pneus.
Entre os 1.211 trabalhadores contratados nos últimos três meses desse ano estão Igor e Raquel Ferreira. O casal saiu há dois anos do sítio para trabalhar na cidade. Ele conseguiu emprego em uma oficina mecânica e ela em uma lanchonete, mas com a crise e com as contas cada vez mais altas, a dupla não conseguiu manter a estabilidade.
“As coisas estavam aumentando e o salário estava bem baixo. A gente estava passando dificuldades. Quando voltamos para o campo, encontramos um emprego logo de cara. Ficar aqui está rendendo mais que na cidade”, lembra Igor.
A maioria das fazendas oferece moradia de graça e os trabalhadores ficam com 35% da produção. “Atualmente no estado temos em torno de 8 mil trabalhadores focados na exploração da sangria. No entanto, temos plantados em São Paulo cerca de 35 milhões de árvore. Isso significa que, nos próximos 10 anos, teremos mais de 9 mil vagas de emprego geradas”, explica o consultor de mercado, Diogo Esperante.