O ato de doar sangue não demora mais que uma hora, mas para quem recebe pode ter efeitos duradouros e até mesmo salvar a vida. Com o objetivo de aumentar a doação de sangue, o Hemocentro de Fernandópolis vai realizar de 16 a 22 de novembro, a Semana do Doador de Sangue. A campanha é uma comemoração ao Dia do Doador de Sangue, celebrado no dia 25 de novembro.
Sem agendas, horários e feriados: assim é definido o dia a dia dos profissionais do Núcleo de Hemoterapia de Fernandópolis que diariamente, atende as solicitações vindas dos hospitais da cidade e de municípios da região como Jales, Votuporanga e Ilha Solteira. Não existe uma previsão para que uma bolsa de sangue seja solicitada, a necessidade é diária.
Segundo a médica Brígida Cristina do Amaral Botelho Prudêncio, diretora do Núcleo de Hemoterapia de Fernandópolis, a situação do estoque do banco de sangue é sempre baixa. Em média, há uma demanda de 900 a 1.000 bolsas por mês. Esse sangue é utilizado em transfusões, cirurgias, no tratamento de pacientes com câncer e nos atendimentos de urgência. No fim do ano, o volume de requisição de bolsas tende a aumentar devido ao maior risco de acidentes.
O ato de doar sangue não traz nenhum dano à saúde do doador. Antes da doação, a equipe do Hemocentro realiza uma pré-triagem, na qual são avaliados o peso, altura, pressão arterial, pulso, temperatura e um teste de anemia. Após esse procedimento, o doador passa por uma entrevista clínica. “As perguntas feitas na entrevista não visam somente a qualidade do sangue, mas também a segurança do doador”, explica Brígida.
Depois da doação, as bolsas de sangue são fracionadas em três componentes (glóbulos vermelhos, plasma e plaquetas) e encaminhadas para testes antes de chegarem ao receptor. Nos exames, é feita a verificação do tipo sanguíneo (ABO), fator Rh (positivo ou negativo) e se há a presença de sífilis, hepatites B e C, HIV, HTLV 1/2 e Chagas. Só após esses testes as bolsas são liberadas.
Portador do tipo sanguíneo AB negativo - um dos mais raros -, o professor André Campos é doador de sangue desde 2012. Só neste ano, ele já doou sangue três vezes e está quase chegando ao limite permitido de doações - homens podem fazer quatro doações anuais e as mulheres, três -. Deve existir um intervalo entre elas, 60 dias para os homens e 90 para as mulheres.
De acordo com André, doar sangue é um ato de doar vida. “Ajudar ao próximo é fundamental. Não tenho palavras para descrever tal atitude. Sempre que posso, faço a minha parte e também tento motivar os meus alunos e amigos. Afinal, ser doador é muito importante, pois sabemos que o estoque de bolsas em nosso Hemocentro é baixo”, relata.
O Hemocentro de Fernandópolis precisa de muitos doadores regulares como é o caso de André. Só assim, o estoque do banco de sangue pode ser regularizado. “O ato de doar sangue deve ser frequente, pois todos os dias o Hemocentro precisa de doadores”, destaca Brígida.
Para ser um doador é preciso ter entre 18 e 69 anos e ter boa saúde. No dia da doação, deve-se estar bem alimentado, no caso de refeições grandes, como almoço e jantar, o sangue só pode ser doado depois de 3 horas. Pessoas que têm ou já tiveram doenças como hepatite, hanseníase, Chagas, malária, AIDS, diabetes e câncer, não podem doar sangue.
A Semana do Doador de Sangue acontece de 16 a 22 de novembro no Hemocentro de Fernandópolis. Horários de atendimento: segunda, terça e sexta-feira, das 7h30 às 18h30. Quarta, das 7h30 às 20h e aos sábados das 8h às 12h. Especialmente no domingo, 22, o Hemocentro funcionará das 8h às 12h. É obrigatória a apresentação de documento com foto (RG ou Carteira de Habilitação).