De acordo com a prefeitura, antes de ir para Araçatuba ela fez tratamento para dengue em Birigui, mas piorou e teve de ser transferida. No hospital, foi diagnosticada com a síndrome de Guillain-Barré, doença que ataca o sistema imunológico e pode ser uma evolução da dengue, zyka vírus ou chikungunya. Neste caso, essa evolução não está confirmada, mas será investigada.
Outro caso
Um mecânico de 23 anos está internado na Santa Casa de Araçatuba também com esta síndrome. No caso dele há relação com a dengue, segundo a Secretaria de Saúde de Penápolis (SP), onde o paciente ficou internado antes de ser levado para Araçatuba. O mecânico é morador da cidade de Braúna (SP).
Segundo o médico infectologista Stelios Fikaris, a síndrome de Guillain-Barré começa a se manifestar por formigamento nos pés e pernas. A sensação tem caráter ascendente, ou seja, vai subindo para os joelhos, coxas, mãos e braços. O formigamento e a alteração da sensibilidade dos membros vêm acompanhado de fraqueza nos músculos e paralisia. Os sintomas podem atingir os músculos da face e da respiração, o que faz com que o paciente precise ser tratado em unidades de terapia intensiva (UTI). Se chegar ao sistema nervoso central ou ao coração, por exemplo, a síndrome pode levar a morte.
O médico diz que a síndrome de Guillain-Barré ocorre, na maioria das vezes, algumas semanas após uma infecção por vírus ou bactéria. O que ocorre é que o organismo do paciente desenvolve uma reação imunológica para combater a infecção e destruir os vírus ou bactérias. Mas existem estruturas nos vírus e bactérias que são muito parecidas com a bainha de mielina, estrutura que reveste as células nervosas.
Fonte: G1 Rio Preto e Araçatuba