Em dezembro, uma mulher foi multada em R$ 18 mil pela Polícia Ambiental ao abandonar uma gata com cinco filhotes no local. Ela foi flagrada pelo grupo de voluntários, que infomou a polícia. Muitos gatos são deixados na Represa.
A protetora dos animais Elisabeth Winning diz que quase todos os dias atravessa a cidade de ônibus para cuidar dos gatos que ficam na Represa. "Faz muito tempo que está assim. Há oito anos cuido dos gatos abandonados e a situação não mudou em nada. Tenho muita pena desses gatos largados aqui e, por isso, venho dar água e comida a eles. Gostaria muito que o município nos ajudasse", afirma.
Elisabeth conta com a ajuda de outros protetores. Juntos eles compram ração, medicamentos para os gatos doentes e ainda pagam as despesas em clínicas particulares. O Centro de Zoonozes de Rio Preto mantém veterinários, mas não oferecem consultas, apenas castração gratuita.
As protetoras criticam a falta de apoio da prefeitura no trabalho com os animais abandonados. "Há sete anos pedimos câmeras de fiscalização à prefeitura para coibir o abandono, mas até agora nada foi feito."
A assessoria de imprensa da prefeitura de Rio Preto nformou que não há previsão para instalar esses equipamentos porque existem postos da Polícia Militar e da Guarda Municipal na região da Represa. Quando os voluntários flagram alguém deixando gatos na Represa, anotam as placas dos veículos e outras informações para passar para a Polícia Ambiental.
Segundo o capitão Alessandro Daleck, abandonar um animal é considerado maus tratos e é crime. "Quem faz isso pode ser preso". Com a apoio da polícia, as protetoras esperam acabar com o abandono de gatos na represa.
Em setembro de 2015, o Ministério Público entrou no caso porque muitos gatos que são abandonados na represa desapareceram. O inquérito foi arquivado. Em 2010, um outro problema chamou a atenção: um laudo da Unesp comprovou que dezenas de gatos morreram envenenados.