Murilo passou na Famerp, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), Famema, Faculdade de Medicina de Marília (SP), UFMG, em Belo Horizonte (MG), USP, em Ribeirão Preto (SP), e Unicamp, em Campinas (SP). A escolha pela faculdade aconteceu na quinta-feira (11): USP. Para se ter uma ideia, Murilo ficou em 20º dentre os 90 alunos que passaram no curso, que é um dos mais concorridos do Brasil.
“Escolhi a USP por causa da qualidade e do renome, é uma das principais faculdades e o principal curso do país. Estudei a minha vida inteira em escola pública e fiz dois anos de cursinho. Entrei no cursinho sem nenhuma base, foi um aprendizado para conseguir passar nas provas”, afirma Murilo.
A rotina para sair de uma escola pública e chegar a uma das principais faculdades do país foi pesada, cerca de 15 horas de estudos por dia. Murilo explica que ia para a escola durante o período da manhã e estudava em casa durante a tarde e noite. “É complicado porque na escola pública não se tem a mesma formação do que uma escola particular boa. Mas acho que quem faz a escola é o aluno. Claro que foi mais difícil para mim, me dediquei muito e tive a recompensa”, diz.
O estudante explica que a rotina e um plano de estudo são fundamentais para o aluno conseguir uma vaga na faculdade que deseja. Murilo fala que sempre fazia resumos e exercícios das matérias que aprendia na escola e isso o ajudou muito. “Eu sempre lia histórias de pessoas que passaram em grandes faculdades e me perguntava como eles faziam. Mas depois vi que o importante é ter foco, porque a gente vai se abdicar de várias coisas, mas o sonho é maior. Um plano de estudos também é importante para o aluno criar a sua rotina”, afirma.
A mãe de Murilo é funcionária pública e o pai funcionário de uma usina de cana na região de Catanduva (SP). Os dois anos de cursinho só foram conquistados por causa de uma bolsa de estudos. Para a mãe, o filho é motivo de orgulho para toda a família. “Ele foi merecedor, batalhou bastante. Acho que foi a escolha certa o curso de medicina na USP, era o sonho dele. Agora o importante é que ele sempre terá nosso apoio durante todo o curso”, diz a mãe, Rita de Cássia dos Santos.
Fonte: G1 Rio Preto e Araçatuba