Adesão a uma nova greve ainda não é consenso na categoria; se ocorrer, sindicato da região vai apoiar
Adesão a uma nova greve dos caminhoneiros, prevista para 1º de fevereiro, ainda não é consenso na região de Votuporanga (Foto: Reprodução)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Quando o assunto é uma nova greve dos caminhoneiros, no âmbito nacional há entidades que reiteram intenção de paralisar a categoria e entidades que não apoiam. No caso da região de Votuporanga, não está claro se vai haver ou não paralisação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas da região de Rio Preto, Daniel Rodrigues, ainda não há informações sobre a mobilização na região. Porém, se ocorrer o sindicato irá oferecer apoio aos motoristas.
"A greve está sendo mobilizada pelos caminhoneiros autônomos, então não passa muito por nós. Mas se ela [greve] de fato acontecer, iremos apoiar os motoristas, assim como fizemos em 2018", disse o sindicalista.
A favor
O CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), que afirma representar cerca de 40 mil caminhoneiros, reiterou a intenção de greve dos caminhoneiros no dia 1º de fevereiro "por prazo indeterminado" em caso de "esgotamento das vias administrativas de solução" para os problemas apontados pela categoria.
Se a paralisação ocorrer de fato, a CNTRC explicou que, por conta da pandemia do coronavírus, vai manter pelo menos 30% da frota circulando para prestar serviços essenciais, “garantindo o abastecimento com prioridade da quota destinada a circulação dos transportes de combustível, medicamentos, insumos hospitalares, cargas vivas, alimentos perecíveis e afins”.
Na semana passada, José Roberto Stringasci, presidente da Associação Nacional de Transporte no Brasil, uma das organizações que integra o CNTRC, disse que, para evitar a greve, a categoria quer que o STF (Supremo Tribunal Federal) marque uma data para julgar a aplicação da tabela de preço mínimo do frete rodoviário.
O presidente da associação também disse que a categoria quer que a Petrobras abandone a política de equiparação dos preços dos combustíveis no Brasil aos do mercado internacional. Ele solicitou uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro para cobrar promessas, que, segundo Stringasci, não foram cumpridas na última paralisação em 2018.
Contra
Já a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) se posicionou contra a adesão a uma nova greve dos caminhoneiros.
A entidade, que tem representação legal da categoria, entende que, “apesar das dificuldades dos caminhoneiros, este não é o momento ideal para uma paralisação”, considerando a pandemia de coronavírus.