Causada pela bactéria gonococci, a gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST) que costuma reagir bem a tratamentos
Em entrevista publicada nesta semana no site americano CNBC, o cientista Alan Christianson, fundador do centro de pesquisa Integrative Health Care, alertou a comunidade médica para a existência de um tipo de gonorreia descrito como "mais mortal que o vírus da aids" e cobrou urgência do Congresso do país para liberar US$ 54 milhões na busca por drogas que possam combatê-lo.
Segundo Christianson, a "supergonorreia" H041 foi diagnosticada pela primeira vez em 2009, em uma prostituta japonesa. A doença chamou a atenção pela rápida proliferação e a resistência a medicamentos.
Desde então, o cientista afirma que já houve casos confirmados em ao menos três diferentes regiões do mundo: na Noruega e nos Estados americanos do Havaí e da Califórnia. O Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), porém, nega que a enfermidade tenha sido encontrada fora do Japão e desmente que já tenha causado alguma morte.
De acordo com as pesquisas de Christianson, o H041 poderia ser mais devastador que o vírus da aids, que mata cerca de 30 milhões anualmente em todo o mundo: "esse tipo de gonorreia pode provocar mortes em poucos dias e é extremamente contagiosa. Há riscos maiores que os da aids, pois é uma bactéria mais agressiva e que pode afetar muitos rapidamente. É um potencial desastre", declarou.
Causada pela bactéria gonococci, a gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST) que costuma reagir bem a tratamentos. Sua nova variação, no entanto, teria sofrido uma mutação genética que a torna resistente.
Além de feridas por todo o corpo, a complicação pode levar à infertilidade e morte, caso não seja tratada e entre na corrente sanguínea.