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Saúde
Terapeuta ocupacional do SanSaúde explica sobre o autismo
Daiane Alves dá detalhes do transtorno e de como a terapia auxilia na inclusão social
Cada criança é uma. E isso a faz especial. A frase pode parecer simples, mas é vital para entender o autismo. Se o seu filho receber o diagnóstico, não necessariamente vai apresentar todos os sintomas já descritos por outros pacientes. Por ser um distúrbio com diferentes níveis de comprometimento, são várias nuances como um dégradé.
O Transtorno do Espectro Autista, também conhecido como TEA, é um transtorno do neurodesenvolvimento cujas características podem ser observadas na primeira infância, sendo uma condição que é vista também como síndrome comportamental, que combina fatores genéticos e ambientais. “São observados: interação social comprometida, comunicação deficitária (ausência de linguagem verbal) e comportamento marcado por estereotipias, interesse restrito e preocupação com partes de objetos, rotinas invariavelmente rígidas”, explicou a terapeuta ocupacional do SanSaúde, Daiane Alves.
Daiane explicou que cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos são autistas, fator quatro vezes mais comum no sexo masculino. “O diagnóstico é clínico, feito por profissionais especializados, por meio da observação da criança e conversa com os pais e familiares. No primeiro ano de vida, é possível detectar alguns sinais. O médico se baseará no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V). Não existem exames de laboratório que confirme o TEA”, disse.
Neste primeiro momento, a terapeuta ocupacional já faz parte do tratamento, ajudando o paciente a desenvolver habilidades relacionadas às atividades diárias, ao aprendizado e ao brincar. “As intervenções visam melhorar a qualidade de vida da criança e estimular a sua independência, com foco na higiene e cuidado pessoal”, destacou.
Como a terapia é aplicada? Daiane contou que a terapia promove construção de habilidades de leitura e escrita, coordenação motora fina e global, consciência corporal, usando a abordagem da integração sensorial (sentidos) na sala específica, onde é composta por equipamentos suspensos para realizar movimentos que ativam os sistemas sensoriais.
Inclusão social Ela enfatizou que o terapeuta ocupacional atua na saúde-educação, contribuindo neste contexto. “Realizamos orientações aos familiares, ressaltando a real importância da inclusão social, orientando a equipe escolar sobre questões específicas da criança, compreendendo as limitações, habilidades e as possibilidades de adaptações e flexibilização. Visamos sempre uma parceria entre terapeuta – família – unidade educacional, com foco exclusivo no progresso do paciente”, frisou.
Benefícios A profissional ressaltou melhoras na comunicação, além de reduzir sintomas de estereotipias promovendo mais qualidade na interação social. “Buscamos tornar cada vez mais funcionais, reduzindo comportamentos inadequados, o desenvolvendo mais independente possível, de acordo com seu potencial”, finalizou.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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