*Marcos Guilherme D. Cunha é diretor geral da Transvip Brasil, transportadora de valores e cargas especiais.
Temas relacionados com a violência sempre estão nos holofotes. Somos bombardeados com notícias relacionadas a problemas de falta de segurança que resultam em roubos, assaltos e, em alguns casos, até em mortes. Não importa onde: empresas, comércios, apartamentos e casas são alvos destes criminosos. A sensação de insegurança atinge praticamente todos os cidadãos do país. E a sensação é justificada quando olhamos as estatísticas relacionadas à criminalidade.
Para termos uma ideia da dimensão do problema, o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, referente ao ano de 2014, divulgado ano passado, mostra que, nas 27 capitais do país, houve quase 16 mil mortes decorrentes de crimes violentos intencionais como homicídios dolosos, lesões seguidas de morte e latrocínios. Isso representa uma vítima a cada 30 minutos.
Um dos tipos mais comuns de violência está relacionado a invasões a residências e comércios, um tipo de crime que só cresce. De acordo com o 49º Distrito Policial de São Mateus, em São Paulo, por exemplo, foram registradas 277 ocorrências de roubos e furtos a casas e condomínios, entre janeiro e outubro de 2015. No Morumbi, também em São Paulo, a polícia apontou 209 casos. Ainda segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, a capital paulista registrou 2.645 furtos e 649 roubos a residências entre janeiro e outubro do ano passado. Isso representa uma média de 11 casos de invasão de residência por criminosos a cada dia.
Sim, vivemos uma guerra interna, uma guerra velada, que assusta a todos. No Estado do Rio de Janeiro não é diferente. Houve crescimento de 16% no número de roubos de novembro de 2014 para novembro de 2015. Foram 97 casos em 2014, contra 113 no ano passado. No Distrito Federal a alta foi de 15% entre fevereiro e novembro de 2015, em comparação com 2014. Foram 466 ocorrências no ano passado, contra 536 neste ano, segundo dados do Balanço da Criminalidade no DF.
Não são apenas as residências que estão no foco dessas ações. Os comércios também estão na rota destes meliantes. Toda essa violência parece se acentuar em alguns períodos do ano, como festas, feriados prolongados ou férias. Isso porque nestes períodos de longa ausência dos residentes é maior, mas isso não é exclusividade de períodos em que todos estão fora. Às vezes, deixar a casa vazia por alguns dias, já é um bastante para que os bandidos não se inibirem e partirem para a ação.
Contudo, a contratação de uma escolta armada deve ser feita de forma estratégica, caso contrário pode se tornar um problema maior. Por isso que na Transvip Brasil temos como metodologia contratar apenas ex-militares. Além disso, toda a nossa equipe recebe um treinamento que exige disciplina por parte do vigilante. Assim fica mais fácil garantir a segurança do cliente.
Infelizmente, o que era responsabilidade do governo - garantir a proteção e segurança dos cidadãos - tornou-se uma necessidade para cada um de nós. Temos que fazê-lo. Caso contrário, pagaremos essa conta e ela pode sair bem cara.