Todos tivemos professores que marcaram nossa vida. Os tempos eram de educação de berço. As mães propiciavam as regras de convívio com as quais chegávamos à escola. Escola como extensão do lar. Até com respeito maior. A professora era a autoridade a ser respeitada, reverenciada e amada.
Com o passar dos anos, o professor viu que esse “currículo oculto”, responsabilidade do lar, mas principalmente da mãe, foi sendo negligenciado. O alegado traumatismo da criança fez os pais declinarem de insistir no respeito. Liberalidade, flexibilização das normas sociais, desapego à polidez. Tudo contribuiu para que o professor antigo se visse perplexo diante da realidade cotidiana.
Por isso é que os pensadores precisam se preocupar com a formação do professor para o hoje e o amanhã. Muitos mestres há que, intuitivamente, foram aceitando a mutação, se ajustaram, ou procuraram conviver captando a simpatia do alunado. Outros ficaram assustados e não conseguiram enfrentar com tranquilidade esse verdadeiro tsunami no reino da civilidade.
A valorização do Magistério é compromisso do Plano Estadual de Educação e será levada a sério, com o funcionamento da EFAP, a Escola de Formação e Atualização de Professores da Secretaria Estadual. Mas há ofertas na área privada. Uma delas é a pós-graduação em inovação educacional propiciada pelo Instituto Singularidades. Quem passar por esse curso terá o título de especialista em Formação Integral, Autoconhecimento, Habilidades Socioemocionais e Práticas Educacionais Inovadoras.
Dois anos de duração e conteúdo com abordagem de diversos tipos de personalidade, neurociência, o papel do educador no século 21, exploração de todas as experiências bem-sucedidas na área de ensino inovador.
Sabe-se que o professor precisa ter inteligência emocional para o enfrentamento do desafio de nossas salas de aula. Ele era o senhor da sabedoria e agora é um coordenador, aquele que impulsiona o aluno para descobrir o conhecimento e extrair dele a análise crítica sem a qual ele não desabrochará para a vida.
Isso não retira, ao contrário, estimula a participação da família. Esta é essencial na formação integral da criança. Tem de atuar para que o aluno veja na escola o momento privilegiado de aprender e no professor o amigo que o ajudará a descobrir o mundo. Estado, família e professor, juntos com a sociedade, podem transformar a educação brasileira no ideal com que sonhamos e temos todos o direito de sonhar.