Para os economistas, o desemprego e a alta da inflação afetam a capacidade de pagamento dos consumidores
O percentual de cheques devolvidos pela segunda vez por falta de fundos em abril atingiu 2,26%. No mesmo período do ano passado, o registro de devoluções chegou a 2,13%. De acordo com a empresa de consultoria Serasa Experian, foi o pior índice registrado no quarto mês do ano em toda a série histórica, iniciada em 1991.
Segundo os economistas da Serasa, o recorde de inadimplência com cheques no mês de abril pode ser explicado pela queda da renda real dos consumidores e por causa da expansão das taxas de desemprego em todo o país, além da pressão da inflação.
Para os economistas, o desemprego e a alta da inflação afetam a capacidade de pagamento dos consumidores e provocam a elevação da inadimplência em diversas modalidades, inclusive nos cheques.
O estado do Amapá liderou o ranking nacional dos cheques sem fundos no primeiro quadrimestre de 2015, com 23,22% das devoluções. São Paulo foi o estado com o menor percentual (0,93%). A Região Norte liderou o ranking no período, com 6,98% das devoluções. O Sudeste registrou o menor percentual, com 1,33%.