Após gol contra e vacilo em contra-ataque no primeiro tempo, seleção brasileira cai nas quartas de final. Belgas pegam a França na semifinal
Fernandinho lamenta eliminação brasileira para a Bélgica.(Foto: GLEB GARANICH Reuters)
O Brasil foi derrotado por 2 a 1 pela Bélgica nesta sexta-feira, em Kazan, e está eliminado da Copa do Mundo Rússia 2018. Na semifinal, os belgas, invictos há 23 jogos, enfrentarão a França, que venceu o Uruguai em Nizhny Novgorod. Na etapa inicial, apesar da seleção ter ensaiado uma pressão em jogadas de bola na área, os belgas abriram dois gols de vantagem. O primeiro, contra, de Fernandinho, e o segundo com De Bruyne, aproveitando contra-ataque puxado por Lukaku e a inesperada desorganização da então melhor defesa do Mundial.
Com uma abordagem mais conservadora, o técnico Roberto Martínez surpreendeu ao barrar Mertens e Carrasco e lançar Fellaini e Chadli entre os titulares, aumentando ainda mais a estatura do time e protegendo os zagueiros. Por outro lado, Tite apostou na volta de Marcelo pela esquerda. Para a vaga de Casemiro, suspenso, o treinador optou por Fernandinho. Logo nos primeiros minutos, a ausência do volante do Real Madrid se mostrou determinante para o colapso do sistema defensivo brasileiro. Além do gol contra, Fernandinho abandonava seu posto com frequência e concedia espaços aos contragolpes belgas. Em um deles, De Bruyne, seu companheiro de Manchester City, não perdoou.
No segundo tempo, em desvantagem no placar, a seleção voltou com Firmino no lugar de Willian. Ao contrário da vitória contra o México, o meia-atacante pouco produziu. Neymar e Philippe Coutinho também estiveram abaixo em relação a outros jogos, assim como Gabriel Jesus, que terminou a Copa sem marcar nenhum gol. O Brasil chegou a reclamar de dois pênaltis, mas não foi dessa vez que o árbitro de vídeo deu uma forcinha para compensar a falta de inspiração no ataque. Correndo atrás do prejuízo, a equipe de Tite teve mais posse de bola e o triplo de finalizações (26 a 8), mas só conseguiu marcar aos 30 minutos com Renato Augusto, que substituiu Paulinho, de cabeça, após cruzamento de Coutinho. Somadas à suspensão de Casemiro, as falhas custaram caro a um time que se notabilizava pela regularidade e solidez na defesa.
Coroando o grande potencial de sua geração de ouro, a Bélgica tem, até aqui, uma campanha quase perfeita no Mundial, além do melhor ataque da competição: 14 gols. Destaque do time, o centroavante Lukaku marcou quatro vezes na Copa e deu a assistência para De Bruyne no segundo gol diante do Brasil. O encontro com a França promete um embate à altura das seleções mais jovens e promissoras desta Copa.
Fonte: El País