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Geral
Pegadas de dinossauro com 90 milhões de anos são encontradas em General Salgado
Esta é a primeira descoberta desse tipo no estado de São Paulo
Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e do MZUSP (Museu de Zoologia da USP) descobriram um conjunto de, pelo menos, dez pegadas de dinossauros, que datam de 90 a 100 milhões de anos atrás, em uma fazenda em General Salgado.
Esta é a primeira descoberta desse tipo no estado de São Paulo, o que representa um marco para a paleontologia brasileira. As pegadas pertencem a diferentes indivíduos e grupos distintos de dinossauros. O estudo foi liderado pelo paleontólogo Bruno Navarro, doutorando do Museu de Zoologia da USP, que esteve envolvido na escavação.
A operação exigiu que uma grande rocha fosse dividida em três partes para ser transportada até o Laboratório de Paleontologia do MZUSP, na zona sul de São Paulo. Cada bloco pesava cerca de 100 kg. Os vestígios pertencem a diferentes tipos de dinossauros, incluindo terópodes (dinossauros carnívoros bípedes), saurópodes (grandes dinossauros herbívoros que se moviam em quatro patas) e possivelmente ornitópodes (dinossauros herbívoros bípedes). A presença desses diferentes grupos pode ser identificada pelas deformações nas pegadas, que deixaram marcas distintas na rocha.
A identificação exata das espécies responsáveis por essas pegadas é um desafio, já que não foram encontrados elementos ósseos preservados. O estudo se concentra na análise detalhada das pegadas para entender melhor o ambiente e as interações entre os dinossauros na época em que as pegadas foram formadas.
Essa descoberta ocorreu nos sedimentos da Bacia Bauru, que abrange os estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e parte do Mato Grosso do Sul. Essa bacia é conhecida por conter rochas cretácicas, que datam de 145 a 66 milhões de anos atrás.
Embora fósseis como crocodilos, tartarugas, aves, serpentes e dinossauros tenham sido encontrados nessa região anteriormente, essa é a primeira vez que pegadas foram descobertas em bom estado de conservação. A descoberta acidental foi feita por Ariovaldo Giaretta, professor de zoologia na Universidade Federal de Uberlândia, enquanto ele procurava fósseis de serpentes na área.
Os pesquisadores planejam expor as pegadas no Museu de Zoologia da USP, além de realizar novas coletas para buscar ossos e outras pegadas que podem estar preservados em diferentes camadas de sedimentos.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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