No dia de “malhar Judas” a gente lembra do deputado Arthur do Val (Mamãe Falei) entre outros. O danado levou 558 votos de Votuporanga na eleição passada. (Foto: Assessoria)
Malhar Judas
Os tempos mudaram. É verdade. Já não vemos no amanhecer de “sábado de aleluia” os bonecos amarrados em postes com nomes de políticos. Era uma tradição antiga. Malhar o Judas era uma maneira de manifestar o descontentamento com alguns governantes ou políticos corruptos. A ação ganhava repercussão e todos ficavam sabendo quem era o político lembrado no boneco.
Quem seria hoje?
Se fosse nos dias atuais pelo menos três nomes estariam amarrados nos postes para serem malhados. Em São Paulo, o deputado estadual Arthur do Val (União Brasil), o conhecido “Mamãe Falei”, o segundo mais votado no Estado e o sétimo em Votuporanga de onde levou 558 votos. Na última terça-feira, a Assembleia Paulista aprovou o pedido de cassação do mandato dele, condenando-o no episódio machista sobre as refugiadas ucranianas.
Os outros
No Rio de Janeiro tem dois “Judas” para serem malhados: aquela cantora gospel Flordelis, a quinta mais votada para deputado estadual. Ela foi cassada e está presa pela morte do seu marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 2019. E para não ficar atrás, o Rio tem outro caso vergonhoso envolvendo político. O vereador Gabriel Monteiro, o terceiro mais votado nas eleições de 2020. Sobre ele pesa a acusação de vazamento de um vídeo íntimo dele com uma menor de idade que mostram o vereador beijando uma criança.
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