É isso ai, as coisas não deveriam ser assim, porém, são e, pior, se não corrermos atrás o bicho pega. É aquele velho ditado: ”quem quer corre atrás, quem não quer fica sentado”.
Muito bem, como sempre resolvemos correr atrás, só que desta vez os “meninos” levaram um anciãozinho. Não é fácil fazer um bate e volta à Brasília nesta altura do campeonato da vida. Não reclamei antes para não preocupar meus companheiros, ou seja, meus amigos Juninho Marão, Luiz Torrinha e o Adalberto. Só tenho mesmo uma reclamação a fazer, o Juninho que sómente agora está completando 20 anos em cada perna deveria andar mais devagar um pouco para não “travar” as pernas de alguém, como eu, que já tem mais de trinta e cinco em cada uma.
Pois é, fomos a Brasília passar o chapéu, o Juninho para muitas coisas da cidade e o Torrinha e eu pela Santa Casa. Por sinal, fomos muito bem recebidos por onde passamos e, sem duvida, o Dado nos facilitou alguns contatos, mesmo estando na expectativa de se tornar ministro.
E, em meio a isto tudo, o Juninho correndo de um lado para outro e minhas perninhas correndo atrás. O Luiz Torrinha que faz caminhadas todos os dias dispensou as de quarta e quinta, pois, só nos corredores do congresso fez a cota da semana. E, o nosso Prefeito, focado em quem passava para dar uma “cantada de verba” e, no telefone, em contato com a Prefeitura. Algumas vezes com vontade de “chorar” só me restava rir. E, para completar, na manhã de quinta, chegou o Pé- Marcus Vinicius, com o pé fora de foco. Também, mesmo distante, nosso amigo João Carlos, desse jornal e conselheiro da Santa Casa, fez com que o Edinho Araujo, com quem o Dado já havia falado, nos recebesse com a educação de sempre. Com o Senador Aluizio tiramos até foto e o Rodrigo que estava em Brasília, nos recebeu na liderança do DEM, e nos abriu algumas portas. Pois é meus ilustres leitores pedimos até para os porteiros dos prédios de lá.
É assim mesmo que a cidade tem de saber, para entender como se conseguem alguns benefícios a mais, para que o bem estar da população seja cada vez melhor. Estamos neste belo pais que é o Brasil, porém, como tudo que é belo tem algum defeito, um dos nossos(defeitos) é a extrema burocracia e concentração de recursos nos governos centrais. Esta situação deixa os Prefeitos, e todos aqueles que se esforçam para que suas cidades sejam melhores, de “chapéus na mão”, tendo de enfrentar situações constrangedoras e, se pensarmos bem, desnecessárias. Tudo poderia ser bem diferente se os donos do poder, através dos tempos, tivessem construído um sistema mais enxuto e decente que permitisse que os recursos fossem dirigidos, sem apadrinhamento, para os locais devidos. Só nos resta torcer para que alguns desses costumes sejam mudados e que, um dia, antes dos “grandões’ apadrinharem os “porcalhões” sejam obrigados a obedecer a uma ordem geral, um planejamento sério, que destine o dinheiro necessário para que pessoas não precisem passar por constrangimentos em portas de hospitais. E, até para que diminuam no pais as reportagens, nada edificantes, do que acontece com os doentes, sem jogar a culpa nos abnegados e sim focando nos verdadeiros culpados, que são os governos e sua parafernália de papeis e regras absurdas e obtusas.
Mas, de volta ao nosso lindo mundo- Votuporanga, agora posicionada entre as trinta melhores do pais para se viver, continuemos a luta para que cada vez mais nossa população possa se sentir bem morando aqui. Continuemos unidos e exercitando o respeito, principalmente entre aqueles que divergem politicamente. Sem duvida, esse posicionamento que conseguimos, em relação ao bem estar não foi um trabalho apenas de agora. É uma luta de muitos anos, onde não se pode nomear apenas este ou aquele, pois, devemos creditar essa situação a todos que algum dia se entregaram e se esforçaram pela cidade em todos os setores.
Por isso, antes de tecermos criticas exageradas ou infundadas, pesquisemos se outras cidades talvez não estejam como sempre propaguei: “Enquanto discutimos o que é melhor para o céu (mesmo não sendo), outras ainda lutam para sair do inferno”. Valorizemos o que é nosso.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados