Este articulista deve ser meio “burrinho”, até porque não está entendendo nada desse negócio de inauguração da Euclides da Cunha. Inauguração de que? Trechos? Mas, em outras épocas já não tivemos trechos inaugurados? Estamos ainda no sertão, onde qualquer festinha política tem valor? E quem vai discursar? Os pais de “aluguel”, ou o Juninho e o Carlão que realmente foram os que batalharam, fuçaram e apoiados pelo Aloysio e o Rodrigo conseguiram a audiência pública e o compromisso do então Governador Serra e, também, o Alkmin que confirmou a verba? Pois é minha gente, vamos com cuidado nessa história, porque aqui no jornal A Cidade tem muita matéria guardada sobre o assunto. Mesmo “burrinho” até compreendo que em ano eleitoral uns “obas-obas” precisam ser realizados, porém, só não entendo que deva ser sobre um pequeno trecho da estrada. Pode ser que alguém não goste desses comentários mas, por favor, não levem a mal, pois, sou meio “burrinho” mesmo. Já pensaram se quando a Rua Amazonas foi revitalizada o Juninho tivesse feito a inauguração de quarteirão por quarteirão? Teria ficado ridículo, não?
Mas, por falar na Rua Amazonas, tem uns amigos que não se conformam com o sistema de indicação de ruas. Entendem que está meio confuso e percebi que é muito fácil resolver. E, aqui não é caso de ser “chato”, não. Acredito que o Juninho vai mandar verificar esse assunto.
Mas, vamos comentar sobre o que entendemos ser interessante neste momento.
Vejam só, sempre percebi que o nosso país não possui projetos de longo prazo, em nada. Quando lemos sobre a China, com todo seu poderio econômico imediato, percebemos que ali existem projetos pensados para um futuro bem distante. Certa ocasião, ouvi de um importante e realmente capacitado palestrante que ele havia sido contratado por uma multi japonesa para ajudar outros consultores a prepararem aquela empresa para os próximos cem anos. Sobre os EUA nem se fala, possuem por ali vários institutos de estudo pensando o país para o futuro e, com isso, devagarzinho, já estão saindo da enrascada que se meteram. Aqui no Brasil, o imediatismo pesa mais que qualquer planejamento. Com isso, até as obras ficam muito mais caras que em outros lugares, isto quando conseguem sair do papel. Pior ainda é que esta cultura do imediatismo contamina as pessoas que não valorizam seus lugares de trabalho, que esperam ficar ricas do dia para noite. Muitos esquecem aquele velho ditado “Não cuspa para cima, pode cair em você”. Aqueles que ainda não passaram pela idade, não valorizam a preparação do amanhã que, já é amanhã mesmo. Portanto, esse rolo de ideias tem a finalidade de despertar nas pessoas, principalmente os mais jovens, os chefes e as chefas de família, que o planejamento da vida precisa acontecer, pois, quem assim o faz, com critério e tenacidade consegue viver mais alegre, agora e no futuro. Quem faz assim não fica encalacrado no SPC e enrolado com os cartões. Simplicidade e humildade fazem parte da cabeça dos cautelosos.
E, vamos em frente, o ano esta começando, outubro vem ai, o Brasil vai se dedicar as eleições municipais, os caciques nacionais e estaduais vão tentar impor suas vontades em municípios que nem conhecem através da ditadura partidária, e muitos candidatos vão aparecer para as disputas enfiadas goela abaixo do povo pelos DEUSES partidários. Vejam o caso de São Paulo, um absurdo, até agora.
Aqui em Votuporanga nosso Prefeito que poderá se apresentar novamente, mesmo porque fez uma gestão bem avaliada, ainda possui gargalos em seus compromissos de campanha, mesmo tendo excedido em alguns outros de forma muito positiva. Um desses compromissos, até entendendo que a construção de casas vai indo muito bem, é tirar as pessoas das favelas. Com os verões que estamos tendo, o risco de alguma tragédia nestes locais é muito grande, além, claro, da possibilidade de se colocar aquelas pessoas em lugares mais dignos. Escrevo sobre isto outra vez porque sei é um trabalho difícil para o Prefeito e para o qual ele precisa do apoio decidido da população. Com planejamento é mais fácil dar certo. Portanto, planeje...
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados