A vida é feita de surpresas. Muitas delas agradabilíssimas, outras nem tanto. Certos momentos, mesmo que pequenos, poderão ficar na memória por tempo indefinido. Grandes momentos poderão ser esquecidos facilmente. Algumas pessoas podem fazer parte de nossas vidas por apenas segundos, mas não serão menos importantes do que aquelas que nos acompanharão pela vida toda.  A vida ensina que quando se diz adeus às pessoas não é preciso arrancá-las do coração, do contrário, melhor conservá-las dentro do peito. Quando servimos pessoas que não nos são afetas mostramos que o nosso caráter está acima de qualquer preconceito. É preciso fazer de conta que tudo está bem, para que acreditemos que em breve tudo poderá mudar e ser bem melhor ainda. Com o tempo a gente aprende que errar é humano, mas é inconsequência ficar alimentando erros. Com o tempo aprendemos que a cada tropeço uma nova força nos incorpora e nos levanta.  Ergamo-nos sempre, não pelos outros, mas por nós mesmo. Acreditemos. Não nos rendemos tão facilmente aos obstáculos impostos por quem quer que sejam, muito menos pela sociedade, que às vezes hipocritamente quer fazer de nós instrumentos de manobras.  A vida nos ensina que é sempre agradável calar para melhor ouvir e aprender sempre. Afinal, quando aprendemos com nossos erros nos tornamos pessoas melhores e dignas por excelência. A vida ensina e recomenda que precisamos ser fortes mesmo quando nós é que estamos precisando de ombro amigo. Ela ensina que precisamos ser atenciosos com todos que precisam do nosso carinho, também não somos tão completos a ponto de não precisar de atenção dos outros. A vida ensina que é preciso aceitar pessoas que nos provocaram mágoas ou que quiseram fazer de nós depósitos de suas frustrações. Na vida não nos basta doar um pouco... É preciso doar sempre. Não nos é cômodo suportar ofensas para melhorar nossos dias, precisamos esquecê-las de vez. Tirá-las do coração para sempre. Nem precisamos nos compadecer dos outros, precisamos ajudá-los mesmo que isso não seja confortável. A vida recomenda que não edificante dispensar ajuda apenas aos que estão por perto, é preciso atravessar fronteiras, superar limites, ir além de nossas forças. Quem realmente vive e ama, não faz o que pode, faz o impossível. A vida ensina que a autenticidade do perdão deva ser nossa bandeira. Se por um lado perdoamos, por outro precisamos ser perdoados de erros e inconsequências. A vida ensina que devemos amar incondicionalmente. O amor que damos é o mesmo que nos será devolvido.      

*Manuel Ruiz Filho é professor