O tempo passa, mas os verdadeiros valores ficam; embora numa outra dimensão condicionada pelas mudanças, suscetíveis a novas interpretações valorativas, é claro! É preciso ser cuidadoso para que a vida não perca o seu real sentido, a fim de que o verdadeiro alicerce da pirâmide social, o professor, não se sinta deslocado no espaço que lhe é garantido, e na escala de valores onde ocupa o lugar primordial.
Mundo moderno, multiplicidades de informações articuladoras de valores para uma vida agitada e competitiva. Informações sedutoras, mais pela beleza da forma, do que pelo conteúdo que nem sempre é o ideal para a sociedade consumidora.
É nesse contexto que está a escola: lá plantada numa rua de um quarteirão qualquer. E todos os que por ali passam sabem que ali está a escola. Muros pichados, com letras angulosas de conteúdos nada condizentes; mas no seu interior, a Luz. Entre muitos recursos didáticos, o essencial: o Professor, o saber. Depois, a lousa, o giz. Lá fora, poucos estão preocupados com as colossais dificuldades que ora enfrenta o educador e ele, em meio às contingências do mundo atual, muitas vezes, tem que buscar, em sim mesmo, o incentivo salutar, na própria conscientização da importância de seu papel, o de moldar sempre novas gerações para a construção, quem sabe, de uma sociedade melhor.
E como a sua trajetória é pontuada por momentos de euforia e dissabores, é bom lembrar quão importante é estar gravado na história e na memória de cada cidadão, uma vez que é impossível qualquer projeção social sem que haja, nos interstícios dessa construção, a mão de um bom professor.
*Valdomiro Ribeiro Malta é professor do curso de Letras da Unifev