Investir na educação sempre foi e continuará sendo uma opção inteligente e rentável. Países que tomaram essa atitude recentemente, agora colhem os frutos.
A Revista Exame publicou um artigo (“A tigresa, o Sputnik e a educação na China”) que mostra a preocupação do presidente Barack Obama com o crescimento da economia chinesa e, sobretudo, com um teste em que os chineses lideraram nos três quesitos avaliados: leitura, matemática e ciência. Em 2006, a Coreia do Sul, em um outro teste, sagrou-se campeã em resolução de problemas, 3º lugar em matemática (na frente dos americanos) e 11º em ciência.
Há alguma fórmula mágica para o sucesso desses dois países que, em poucos anos, despontam como grandes potências no cenário econômico no início do milênio? Não. Trata-se de uma receita simples: investir na educação. Tanto a China quanto a Coreia do Sul empregaram grande parte de seus recursos na educação e têm valorizado o professor como um dos alicerces para o desenvolvimento da sociedade.
Por que estamos na contramão desse processo? Não nos cabe aqui discutir as causas, que são inumeráveis: a miopia política, a desvalorização da carreira, a falta de estrutura familiar (os chineses consideram o sistema educacional de um país a extensão da família), etc. É necessário recuperar o status que o professor tinha nos anos 50 e início dos anos 60, a saber, o de um juiz ou promotor de justiça. Mais do que isso, é preciso despertar tanto no professor quanto no aprendiz uma das mais intensas formas de bem-estar: o prazer mediante o conhecimento. Trata-se de um bem acumulativo, constante, duradouro.
Fazer licenciatura, ou seja, ser professor, é e sempre será uma profissão viável, não só do ponto de vista da realização pessoal, mas também financeiro, já que a expansão das faculdades e universidades particulares requer profissionais na área do ensino; os colégios particulares oferecem salários extremamente atrativos; o recém-formado pode optar não só pelo magistério, mas também pela carreira de pesquisa.
A UNIFEV tem implantado políticas que valorizam a formação de docentes. Vários programas são oferecidos: Escola da Família, PROUNI, PIBID, PARDOC e outros sistemas de bolsas. A instituição, assim como a China e a Coreia do Sul, vê no professor um elemento indispensável para o desenvolvimento social. O professor exerce um ato de solidariedade, pois retribui, prazerosamente, um benefício já adquirido, partilha possibilidades e, sendo assim, o seu papel social é um dos mais louváveis.
A UNIFEV vem se destacando como uma das melhores instituições do país, sobretudo na formação de professores: as maiores notas do ENADE, egressos atuando no ensino público, privado ou aprovados em programas de pós-graduação. A instituição possui um cuidado especial com a formação do profissional que, certamente, vai afetar a sociedade futura. Mais do que transmitir conhecimentos, insiste na formação de um educador criativo, participante. Um professor inteligente pode descobrir dois pontos no espaço; o professor criativo é aquele que traça uma reta entre eles. Entendemos que essa é a função de todo educador: minimizar o vazio existente no sistema educacional brasileiro.
*Valdivino Pina da Silva é docente de Literatura da UNIFEV