Agora a ficha limpa parece que é para valer. Só o tempo dirá se vai ser aplicada com bom senso ou servirá para perseguições políticas. Pensando positivamente, pelo menos deve servir para tirar da “reta” alguns contumazes “trapalhões”. De minha parte ainda prefiro uma reforma política de gente grande, reforma essa que proporcionasse autonomia aos diretórios municipais na decisão dos destinos de sua cidade sem a interferência externa de caciques. Só o tempo dirá.
Mas, falemos de carnaval, pois, aqui em Votuporanga, carnaval tem algo de tradição e muito a ver com a empatia que nossa cidade causa em quem nos visita. Desde mais de 60 anos, os primeiros habitantes daqui já faziam questão de promover carnaval em alto estilo e, por isso temos o resultado do que é hoje. Como sempre escrevo, nada é feito do dia para noite. Aqueles que hoje promovem esta festa importante para o contexto da cidade, sem dúvida, começaram, inteligentemente, na esteira da fama dos nossos antigos carnavais. E, tem mais, sempre haverá os que são contra e os que são a favor. É democrático, porém, sejamos sensatos e aproveitemos os resultados materiais que uma festa como essa propicia à cidade.
E, para que um bom carnaval exista, ou qualquer festa, é preciso que os participantes tenham conhecimento de determinados limites. É preciso que os jovens lembrem que seus familiares não podem ser assustados com notícias de exageros, que podem fazer muito mal a quem abusa. Dirigir embriagado é uma irresponsabilidade indefensável. Encher a cara de drogas, sejam elas de que tipo for, é uma burrice e pode transformar o usuário num bandido com conta muito difícil de ser paga. Muitas vezes a conta é a própria vida. E, não tenho receio de escrever assim, pois, é melhor avisar e lembrar dos malefícios antes, do que ficar dando bronca ou consternado depois.
E, tem mais, não estou escrevendo assim porque já estou “velhão”, não, já fui jovem como muitos outros, já vivemos dezenas de carnavais animadíssimos e sempre tivemos nossos limites. Por isso mesmo, Graças a Deus, estamos vivos ainda e podendo dar nossos palpites. Portanto moçada que me lê: brinquem, divirtam-se bastante, extravasem suas alegrias e energias, porém, façam isto dentro das medidas. E, aos que vierem de outras cidades, recebam nossas boas vindas e que venham sempre.
E, por falar em sempre, vamos comentar sobre nosso sempre companheiro e vizinho que é o Marinheirinho e sua bacia. Esse time proporciona mais da metade da água que a cidade consome. Desde muitas décadas é o córrego que foi frequentado pela molecada, e em seu entorno havia passarinhos em abundancia, de várias espécies. O Marinheirinho faz parte de nossa história, melhor dizendo, nós é que viemos para estragar um pouco do que essa bacia deve ter construído por milênios. E, quantas famílias não viveram de suas margens através da agricultura e da pecuária? Pois bem, agora, numa soma muito bonita de esforços, como sempre se faz em Votuporanga, autoridades e órgãos de vários times políticos se unem para revigorar a bacia, para dar nova vida a essa área de grande importância para a cidade. Ontem foi lançado um belíssimo projeto para sua revitalização. Todos devemos torcer para que dê certo e ajudar na medida em que pudermos. Sem duvida o ganho será de todos e as gerações futuras entenderão que fizemos nossa parte, em nosso tempo.
E, ao escrever sobre ficha limpa no inicio do artigo, escrevemos sobre assunto político por consequência, e por estarmos em ano eleitoral é bom ter em mente que quando o atual prefeito foi a praça pública pedir votos assumiu compromissos com o povo. Dentre eles estava este caso do Marinheirinho que agora entra em execução. E, tenho certeza, não demora muito o pessoal das favelas deverá ser contemplado com lugares melhores para morar, outro compromisso do prefeito. E, por último, hoje, para comemorar melhor o carnaval, aviso a todos que sempre me viram reclamar sobre a ponte, que mesmo depois da autorização da Medicina, o prefeito e o Carlão já conseguiram junto ao Governador o tutu necessário para a construção. Ufa! Se Deus Quiser agora sai. E vamos para a avenida ver o batuque.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados