Exatamente às doze horas desta sexta fui surpreendido com o toque do relógio da matriz. E, sem entrar no mérito de qualquer discussão sobre seu funcionamento, fiquei encantado. Muito bonito.

Está meio complicado fazer este artigo hoje, pois, minha intenção é de apenas escrever sobre coisas boas. Dizer aos jovens que muitas dificuldades do momento serão vistas como “confete” no futuro. Lembrar a todos que nossa cidade que está completando 75 anos já foi uma pequena vila. Que as ruas eram de terra até os anos 60. Que somente tivemos asfalto, por ai tudo, no inicio deste século. Que até pouco tempo a procura por empregos sobrepujava as ofertas. Portanto, sem duvida, Votuporanga chega nesta idade com facilidades que não se imaginavam tão rápidas.

Isto tudo precisa ser visto com otimismo, porém, jamais, com acomodação.

Os tempos que vivemos, muitos, crianças e jovens ainda, outros, como o articulista felizes por estarmos aqui e assistindo, são bem diferentes. Os mais novos terão oportunidade de viverem bem mais que o pessoal dos anos 20, 30, 40 e 50. Por isso ficarem todos atentos, ao que se possa fazer para melhorar ainda mais o bem estar geral no futuro, é uma tarefa importante. Mesmo as atitudes individuais, que se tomam na juventude e mocidade, precisam ser bem ponderadas para não deixarem resquícios que permanecem por décadas e não são esquecidos. Esforçar-se para praticar bons atos, criar amizades duradouras e formar um núcleo de família é uma das melhores coisas que se podem construir na vida. 

Os meios de comunicação desses nossos tempos estão confinando as pessoas em casa. A convivência está sendo prejudicada e as amizades podem existir apenas por interesse. Por isso a juventude precisa ficar atenta para que seu tempo de idoso não seja melancólico, sem amigos e, no mínimo, conhecidos. As boas coisas da vida são construídas no dia a dia e, principalmente, na confiança. 

E, para que a vida seja boa, com muito ou pouco dinheiro no bolso, é preciso que o passado das pessoas tenha sido normal, sem exageros e sem ter deixado máculas e mágoas e os cuidados com a saúde devem ser permanentes. 

Depois de um sino de Igreja tocar tão bonito, como tocou nesta sexta ao meio dia, o que mais um simples articulista pode fazer para entusiasmar as pessoas e deixá-las alegres?O que mais posso escrever para incentivar a população de nossa cidade?

Há, já sei: Seja um munícipe participante.

E, para finalizar, envio um grande abraço a dois bons amigos, meus e de Votuporanga: Halim Haddad um ex comerciante atuante e um dos pilares da Faculdade de Medicina, e ao Dr. Roberto de Lima Campos, um homem sempre educado e conciliador.

*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados